quinta-feira, 17 de julho de 2014

EXCLUSÃO E O FILME "O XADREZ DAS CORES"



                           POR RANDER B. PRATES


No Brasil, a discriminação racial foi historicamente construída, principalmente em função do processo político e econômico ao qual o Brasil esteve inserido desde o século XVI, com o regime escravocrata e sua posterior abolição que, desprovida de uma política de inclusão social ou de reparação, contribuiu para a exclusão social dos negros no Brasil.

Por outro lado, vivemos em uma sociedade sexista-machista, que historicamente, desvalorizou, e ainda desvaloriza o papel da mulher na sociedade, colocando-a, muitas vezes, em uma relação de submissão em relação ao pai e, após o matrimônio, ao marido, desconsiderando, inclusive, a possibilidade de relação homoafetiva, como se a mulher sempre dependesse de uma figura masculina para supri-la.


De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no Estado do Espírito Santo, ano de 2010, os homens possuíam uma remuneração média mensal de R$ 1.562,34, enquanto as mulheres possuíam uma remuneração média mensal de R$ 1.061,20 (IBGE, 2010), ou seja, no Espírito Santo os homens possuem, em média, remuneração quase 1,5 vezes maior. Considerando as diferenças de remunerações médias entre brancos e pretos, temos a seguinte situação: a remuneração média mensal dos brancos foi de R$ 1.659,95, enquanto a remuneração média dos pretos foi de R$ 940,84. Continuando a comparação por cor, tivemos as remunerações médias dos amarelos em R$ 1.217,52, dos indígenas R$ 1.142,58 e dos pardos R$ 1.029,68 (IBGE, 2010). Com base nesses dados, podemos afirmar que, no Espírito Santo, os brancos tem uma remuneração média 1,8 vezes maior que os pretos, ou seja, quase o dobro das remunerações médias.

PARA COMPLEMENTAR A DISCUSSÃO ASSISTA AO CURTA-METRAGEM BRASILEIRO “O XADREZ DAS CORES”, DE 2004, DO DIRETOR MARCOS SCHIAVON, COM O ELENCO DE ZEZEH BARBOSA, MIRIAM PIRES E ANSELMO VASCONCELOS.

FICHA TÉCNICA

Filme: O Xadrez das Cores
Gênero:Ficção
Diretor: Marco Schiavon
Elenco: Anselmo Vasconcellos, Zezeh Barbosa, Mirian Pyres
Ano: 2004
Duração: 22 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil





DEBATEANDO O TEMA



Segundo dicionário on line de português a palavra DISCRIMINAR - DIS. CRI. MI. NAR  significa: 

"v.t.d e v.bit. Aperceber-se das diferenças; discernir.
v.t.d. Classificar tendo em conta algum motivo específico; listar.
v.t e v.pron. Construir um grupo (distinto) para não se misturar aos demais; distinguir-se por possuir algum tipo de preconceito étnico, religioso, sexual etc.

P.ext. Tratar de forma injusta; tratar de forma desigual, uma pessoa ou um grupo de pessoas, por motivos relacionados às suas características pessoais específicas (cor de pele, nível social, religião, sexualidade etc) (Etm. do latim: discriminare)"

 ( Dicionário On line de Português, Acesso em 17 de julho de 2014, 08:45h. 


Quando levamos para a discussão da discriminação racial, podemos chegar a conclusão que é um tratamento de modo preferencial e geralmente causa prejuízo para uma das partes. O tema central do filme - O XADREZ DAS CORES, esta enquadrado neste contexto, quando Cida precisa se sujeitar à situações humilhantes realizadas por sua patroa que é branca e racista, para assim conseguir dinheiro e garantir sua sobrevivência.

Ao olharmos para nossa formação escolar, as versões conflituosas nos livros argumentavam que os negros foram trazidos e aceitaram a condição sub humana a qual foram submetidos de forma natural. Assim os vários disparates conceituais do Ensino Formal Brasileiro mostra este processo histórico como algo habitual, parecendo que os negros nasceram para este tipo de tratamento. Também é correto pensar que na atualidade o ensino da disciplina de História avançou e,

"assim as atividades propostas em sala de aula precisam buscar uma visão mais contextualizada e menos romanceada da participação dos negros na História e os reflexos dessa construção histórica nos dias atuais. "
(PRADO. p. 02/03 - Acesso em 17 de julho de 2014, 09:18h. 
Disponível em:


Seguindo este caminho podemos lutar por uma sociedade que enxerga o negro com cidadão e possui direitos e deveres, mas estes projetos existem apenas na forma de Leis, na prática o que realmente existe é muita injustiça nos  aspectos  de gênero e raça no país. 

Este filme tem  vários momentos que causam incômodo, devido as tensões entre os personagens, a forma que o enredo foi construído nos convida a refletir e posicionar-se diante da tela com opiniões e argumentos que discutem as relações socais da vida doméstica e cotidiana. Assim o autor faz que façamos parte do jogo entre patroa e empregada. Quando pensamos sobre a referência ao jogo de xadrez podemos concluir que as questões apresentadas necessitam de raciocínio lógico e entender o preconceito em suas raízes.

No que tange as relações harmônicas e desarmônicas dos personagens do filme, é notório que cada um apresenta um determinado tipo e dialética, o rico e o pobre, o branco e o negro, a patroa e a empregada.É visível que as relações existentes são contraditórias e utilizam a força para determinar quem tem poder, enquanto a patroa Maria oprime a empregada Cida, esta utiliza o tabuleiro de xadrez como referência para conhecer a oponente e ao ver suas peças negras serem jogadas foras, não se satisfaz com a situação e estuda a patroa, ao buscar conhecimento Cida vai lutando contra o conformismo e realiza de forma concreta a transformação dos fatos de forma favorável.

O GRUPO 04, do Curso de Formação de Gestão de Politicas Públicas em Gênero e Raça, da UFES - Polo Santa Teresa tem como tema  central deste blogfólio discutir o GÊNERO E DIVERSIDADE: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO FORMAL, convida os educadores para assistirem o filme e provocar um debate em sala de aula.

"É no confronte de idéias que a escola pode tentar garantir o espaço da diversidade e respeito."
(PRADO. p. 04 - Acesso em 17 de julho de 2014, 09:18h. 
Disponível em: 

(PCN, PLURALIDADE CULTURAL. apud PRADO, p. 01/02 - Acesso em 17 de julho de 2014, 09:18h. 
Disponível em: 
http://portacurtas.org.br/Parecer/%5B440%5D%20xadrezcores_ceciliaprado_PDF.pdf)

REFERÊNCIAS

IBGE. Censo Demográfico 2010: Rendimento – Amostra. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=censodemog2010_rend >. Acesso em: 15 de Jul de 2014.

XADREZ das Cores, O. Direção: Marcos Schiavon. Intérpretes: Anselmo Vasconcelos; Miriam Pires; Rita Guedes e Zezeh Barbosa. Rio de Janeiro: MIDMIX Entretenimento, 2004. 22min, son., color., 35mm.

PRADO. Cecília de Oliveira. "Aplicabilidades na Educação". Projeto Curta na Escola PETROBRÁS. Acesso em 17 de julho de 2014, 09:18h. Disponível em: http://portacurtas.org.br/Parecer/%5B440%5D%20xadrezcores_ceciliaprado_PDF.pdf



terça-feira, 15 de julho de 2014

EM OUTROS LUGARES DO ESTADO

Este espaço é destinado para oferecer informações sobre o que acontece em relação às políticas públicas de apoio e formação em nosso estado,  como também uma fonte de denuncia. 

           Por Rúdio Krauser, Assistente Social de Cariacica



Esta reportagem foi publicada na Folha Vitória, em 30/05/2014, às 20:30h. Vem discutir o tema racismo na instituição escolar, no bairro de Vila Rica, município de Cariacica.

Redação TV Vitória

A família de um adolescente de 13 anos acusa a professora de uma escola municipal do bairro Vila Rica, em Cariacica, de humilhar o jovem. O caso aconteceu na última quarta-feira (28), e por causa do trauma, tanto ele quanto o irmão não voltaram mais ao local. De acordo com a vítima, a educadora o chamou de “preto feio”. 

O adolescente afirma que passou pelo maior constrangimento da vida dele depois que foi tirado da sala com o irmão, por conversar durante a aula. “Eu fiquei no corredor e meu amigo foi beber água. Quando ele voltou, eu fui brincar com ele segurando a camisa. Quando ele pediu para eu o deixar passar a professora me mandou sentar e disse: "seu preto feio. Você pensa que é bonito? Nunca se olhou no espelho”, conta o menino.

Momentos antes de ir embora, afirma o estudante, a professora ainda tentou consertar o erro. “Ela disse para eu ir à sala dela para tomar água e conversar, mas eu não quis. Eu disse que queria ir embora para minha casa, porque estava na hora”, afirma o jovem.

Ao chegar em casa o jovem contou à mãe, aos prantos, o que havia acontecido. “Na hora eu só pensei em ir à escola conversar com ela. Mas depois eu pensei e no outro dia fui procurar os meus direitos. Ela nunca mais vai fazer isso com mais ninguém”, destacou a mãe do adolescente, que é auxiliar de serviços gerais.

A mãe do adolescente registrou um boletim de ocorrência e contratou advogado. O crime de racismo é inafiançável, e segundo Wesley Celestrino, a professora pode pegar até quatro anos de prisão, ser afastada do cargo, além de ter que pagar indenização à família da vítima. “Ela vai responder criminalmente pelos atos, vai ter direito de defesa, mas a Justiça deve ficar do lado da família”, apontou o advogado.


A Secretaria Municipal de Educação de Cariacica informou que está investigando o caso. Segundo a secretaria, a mãe das crianças foi chamada para esclarecimentos, mas não compareceu. A secretaria informou ainda que todo o apoio psicológico e pedagógico da prefeitura estão à disposição deste aluno.



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LEI 10.369 EM DISCUSSÃO NO SINDIUPES

 

Este artigo vem discutir os parâmetros da Lei 10.369 e o planejamento das ações de combate ao racismo realizadas pelo Sindicato. 

Por Marilda Rocha 27/05/2014

O SINDIUPES retomou as discussões para reestruturação do Coletivo de Combate a Racismo. No último sábado, o Sindicato fez uma reunião de planejamento para discutir alguns temas pertinentes e 

       Ações que podem ser implementadas ainda em 2014.

A reunião aconteceu no auditório da entidade e contou com a participação de representantes de instituições do Estado que militam nessa área.

Para embasar a discussão:

O Presidente do INSPIR (Instituto Sindical Interamericano Pela Igualdade Racial), Ramatis Jacino falou sobre a Lei nº 10.693, sancionada em 09/01/2003.

Essa Lei alteração em dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20/12/1996). De acordo com o novo texto, os estudos de história e cultura afro-brasileira devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, de forma a resgatar a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política brasileira. A obrigatoriedade se estende aos estabelecimentos de ensino fundamental e médio e também institui o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra.




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CAMPANHA CONTRA O IMPACTO DO RACISMO NA INFÂNCIA


POR UNICEF

Brasília, 29 de novembro – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), lançou hoje, no auditório do Ministério da Educação, às 9h30, a campanha nacional sobre o impacto do racismo na infância. A iniciativa tem o slogan Por uma infância sem racismo.

O evento contou com a participação do secretário de políticas de ações afirmativas da Seppir, Martius Antonio Alves das Chagas; da secretária nacional de promoção dos direitos da criança e do adolescente da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Carmen de Oliveira; do secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro; e da representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier.

Além das autoridades, o evento teve a participação de representantes de movimentos negros e indígenas e de adolescentes de escolas públicas do Distrito Federal.

Para o UNICEF, a discriminação racial não apenas persiste no cotidiano das crianças no Brasil, como também se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos. Com a campanha, o UNICEF quer fazer um alerta sobre a necessidade da quebra do círculo vicioso do racismo para, dessa forma, estimular a criação e o fortalecimento de políticas públicas voltadas para as populações mais vulneráveis.

A campanha, lançada como parte da celebração dos 60 anos de atuação do UNICEF no Brasil, tem como objetivo mobilizar a sociedade brasileira para a necessidade de assegurar a equidade e a igualdade étnico-racial desde a infância. Para o UNICEF, o combate ao racismo implica valorizar as diferenças, promovendo a igualdade de tratamento e oportunidades para cada menina e menino no Brasil, o que ainda representa um grande desafio para o País. Assim busca-se contribuir com o debate nacional sobre direitos da infância e adolescência, envolvendo cada segmento da sociedade no esforço do combate ao racismo a partir do reconhecimento de sua existência.



ASSISTA O VÍDEO DE DIVULGAÇÃO DA UNICEF

POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO


MAIORES INFORMAÇÕES NO SITE:  


Você encontrará mapa da Lei, Informações Técnicas sobre a campanha, as 10 maneiras para contribuir por uma infância sem racismo, o Dique Racismo (156 - opção 7), Depoimentos, Legislação e Mensagem do Embaixador.



REFERÊNCIAS

Folha Vitória. Família acusa professora de Racismo em Escola de Cariacica. publicado em 30 de maio de 2014, às 20:31h. Acesso em 13 de julho de 2014, 07:22h. Disponível em http://www.folhavitoria.com.br/policia/noticia/2014/05/familia-acusa-professora-de-racismo-em-escola-de-cariacica.html

ROCHA. Marilda. SINDIUPES reestrutura coletivo de combate ao Racismo. Publicado em 27 de maio de 2014, 16:31h. Acesso em 14 de julho de 2014, 10:00h. Disponível em: http://sindiupes.org.br/blog/sindiupes-reestrutura-coletivo-de-combate-ao-racismo/


UNICEF. UNICEF lança campanha por uma infância sem Racismo. Acesso em 14 de julho de 2014, 14:20h. Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/media_19299.htm

Portal GDF. Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal. Vídeo "Por uma infância sem racismo". Publicado em 29 de novembro de 2010. Acesso em 14 de julho de 2014, às 13:00h. Disponível em: http://www.crianca.df.gov.br/component/content/article/321.html.  

INFLUÊNCIA NEGRA EM SANTA TERESA



Sabe-se o quanto a cultura proveniente dos povos africanos que para cá vieram ajudaram construir a cultura atual do nosso país, tal como afirma Heilborn (2010, p.86) que menciona que “a Feijoada, a capoeira e o samba, antes vistos como manifestações culturais inferiores devido a sua origem negro-mestiça, passam a representar o que haveria de mais brasileiro”.
Tal cultura negra adotada não se resume apenas aos três aspectos citados por Heilborn, mas a partes de nossa cultura, que algumas pessoas não relacionam com a história de escravidão vivenciada pelos negros. Aspectos estes que hoje estão assumidamente impregnados na cultura brasileira, sendo vivenciada por todas as raças existentes em nosso país.

Um desses aspectos interessantes de ser citado, é em relação a influência musical. Um estilo musical muito apreciado por nós brasileiros é conhecida como Black Music (Música Negra), que abrange Jazz, Blues, Rap, Hip Hop, Samba, Bossa Nova, Soul, entre outras.

município de Santa Teresa, apesar de  ter em sua cultura forte influência italiana, devido a sua colonização de ser composta da maioria de sua população branca, também possui um pouco de suas raízes e cultura inspiradas na cultura negra, uma vez que o munícipio é conhecido também como a terra do Jazz e do Blues.


Tal fama, é provém de um festival que ocorre no município por três anos consecutivos, o Festival  Internacional de Jazz & Bossa de Santa Teresa, trazendo ícones da musica internacional e nacional do estilo. No ano de 2014, o Festival ocorreu de 06 a 08 de junho, sendo uma realização da Prefeitura de Santa Teresa, Governo do Estado por meio da Secretaria de Turismo e Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames).

O Jazz é uma manifestação artístico-musical proveniente dos Estados Unidos, trazendo a tona um pouco da cultura negra, uma vez que que os africanos escravizados, trouxeram fortes tradições da musica tribal, o que teve forte influência no surgimento desse estilo musical. Já o Blues, também é de origem africana e nos Estados Unidos está ligada as raízes levadas pelos escravos, que usavam o canto, para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho, as quais são uma das origens dos "blues".

A bossa nova é um movimento da música popular brasileira, inspirado no Jazz e no samba, que surgiu no final dos anos 50, por compositores de classe média da zona sul carioca.


O gosto musical da população assim como outros aspectos, representa o quanto a cultura negra/africana está enraizada ao que temos como nossa cultura. Não apenas a cultura negra representa o que há de mais brasileiro, mas sim a mesclagem de todas as culturas que fizeram parte da história desse país, que acaba por se configurar como uma identidade brasileira.







GOSTARÍAMOS DE SABER SUA OPINIÃO. 

FAÇA SEU COMENTÁRIO ABAIXO!






Por Joyce Minchio
Pesquisas na Comunidade Pólo - Santa Teresa / ES 
Casos de Discriminação e Preconceito Racial

Fontes:

WIKIPEDIA – Música Negra. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_negra>

WIKIPEDIA – Blues. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Blues>

WIKIPEDIA – Jazz. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Jazz>

WIKIPEDIA – Bossa Nova. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bossa_Nova>
PREFEITURA DE SANTA TERESA – História. Disponível em: <http://www.santateresa.es.gov.br/>



LUTA CONTRA ESCRAVIDÃO EM SANTA TERESA - ES




O munícipio de Santa Teresa, mesmo tendo uma colonização predominantemente italiana, também apresenta um histórico de escravidão e racismo em sua história, bem como histórico de lutas pela liberdade desses escravos, tal qual o que ocorreu em grande parte de nosso país.


Em matéria, o Jornal A Tribuna, baseado no livro São Roque do Canaã – Uma história de Fé, Trabalho e Vitórias, conta um pouco dessa história de luta no município. Essa é a história de José Calhau que ocorreu em 1898, tropeiro, mascate e jagunço mineiro que lutou para pôr fim a tirania de José Luiz Vivaldi, imigrante italiano, militar que odiava os negros.

Vivaldi, nomeado Capitão da Terceira Companhia do Quinto Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, em 1893, sendo responsável pela região de Cachoeira de Santa Leopoldina, implementou seu domínio militar caracterizado por sua hostilidade e terror, torturando os negros da comunidade de São João Petrópolis, no município de Santa Teresa, tendo decidido não cumprir a Lei Áurea assinada em maio de 1988, pela Princesa Isabel.

Capitão José Luiz Vivaldi
reprodução de família
José Calhau, tendo conhecimento dos horrores cometidos por Vivaldi, decidira pôr fim a tirania de Vivaldi, preparando seu bando, de 30 homens, para o ataque. O plano chegou aos ouvidos de Vivaldi, que colocou sua milícia de 36 homens de plantão – o Batalhão 36. Sabendo disso, José Calhau espalhara o boato de que desistiria do ataque.


Dessa forma, em 02 de novembro de 1898, Calhau e seu bando invadiram o Barracão de Petrópolis, dando fim a tirania de Vivaldi, que fora espancado e apunhalado diversas vezes, sendo tratado da mesma maneira que tratava os negros. Calhau ateara fogo no sobrado de Vivaldi, sendo este salvo por homens sobreviventes de sua milícia, sendo levado para uma gruta, perto de onde está localizada a Escola Agropecuária Federal de Santa Teresa, onde recebeu atendimento médico e se recuperou. Porém, ficou com uma sequela no braço direito. O capitão morreu em 9 de novembro de 1939, aos 83 anos. Seus restos mortais estão hoje em um túmulo simples no cemitério de São João de Petrópolis.


Através dessa história, podemos conhecer um pouco do contexto em relação a escravidão, não apenas no Espírito Santo, mas principalmente no município de Santa Teresa, bem como as questões de discriminação pós-abolicionista.

 

Por Joyce Minchio
Pesquisas na Comunidade Pólo - Santa Teresa / ES 
Casos de Discriminação e Preconceito Racial



Referências

Fonte: Matéria em A Tribuna, baseada no livro São Roque do Canaã – Uma história de Fé, Trabalho e Vitórias, de Luiz Carlos Biasutti e Arlindo Loss. – 16/11/2008


MORRO DO MORENO – Revolta do Calhau. Disponível em: <http://www.morrodomoreno.com.br/materias/revolta-do-calhau.html>. Acesso em 14/07/2014

quinta-feira, 10 de julho de 2014

3 EM 1 + VÍDEO - PARA REFLETIR


SEM MAIORES COMENTÁRIOS, ESTES ARTIGOS SERVEM PARA ENXERGARMOS OS VÁRIOS LADOS DA MOEDA E OS EXAGEROS COMETIDOS EM NOME DO FUTEBOL.


Com o Título – ZUÑIGA, NEGRO E LATINO-AMERICANO, esta matéria foi escrita por Sylvia Colombo, jornalista brasileira, correspondente internacional do Jornal O Folha de São Paulo. Esta matéria vem promover uma reflexão sobre como usamos as redes sociais para promover atitudes racistas e como palavras podem causar vários tipos de violências. Está disponível em http://sylviacolombo.blogfolha.uol.com.br/2014/07/07/zuniga-negro-e-latino-americano/

POR SYLVIA COLOMBO

Não vou entrar no mérito da seriedade da falta que Camilo Zuñiga fez em Neymar.  Estamos todos tristes com a ausência do ídolo nesta fase final da Copa do Mundo. Mas é fato que a FIFA estudou as imagens e disse não ter havido deslealdade. Além disso, Zuñiga pediu desculpas. Repito, Zuñiga pediu desculpas.

Cegos de ódio e revelando intolerância, internautas brasileiros de diferentes origens e vertentes –e me espantei com a quantidade deles que está no meu círculo de amigos nas redes sociais– saíram a incitar a violência e exibir com pompa seu preconceito.

Estava em Bogotá nos últimos dias, e acompanhei a reação da mídia e da sociedade colombianas, espantadas e surpreendidas com a agressividade dos brasileiros na rede contra Zuñiga. As mensagens de ódio incluíam, nada menos, convocações para um estupro coletivo da filhinha do jogador, também o de sua mulher e, para coroar, um linchamento real de toda a família _para quem duvida que incitações a linchamentos virtuais se transformam em linchamentos reais, lembrem-se da mulher assassinada no Guarujá.


Até o endereço do jogador, em Nápoles, foi descoberto por um desses boçais e publicado na rede, sugerindo uma ação coletiva para assassina-lo. Isso mesmo, para assassina-lo.

 “Ódio aos colombianos”, “só servem para produzir cocaína” e “negro filho da puta” foram alguns dos impropérios que li nas redes nos últimos dias. Morro de vergonha de dizer que muitos foram ditos por colegas de profissão ou conhecidos, pessoas ditas “esclarecidas” e com seguidores.

Será que se a mesma falta fosse cometida por um ídolo europeu qualquer a reação seria a mesma? Ou será que se destapou uma panela que está sempre fervendo, a do desdém ignorante brasileiro com relação ao resto da América Latina? Arrasta-se por estas terras que se consideram abençoadas por um “Deus brasileiro” um preconceito que vem da elite imperial do século 19, aquela que considerava o Brasil um país branco, uma parte da Europa e que via do outro lado das nossas fronteiras uma terra de anarquia e barbárie. Mesmo sentimento que identifica a América Latina como sinônimo de algo folclórico e primitivo, mas que serve de destino turístico para explorar prostitutas nativas carnudas ou para comprar artesanato exótico.

Parece que um montão de gente está vendo na Copa do Mundo uma desculpa para soltar sua verdadeira essência brucutu, machista, racista e, nesse caso, latinofóbica. Obviamente, reclamam da “patrulha do politicamente correto”.

“Ah, quer dizer que não posso xingar a presidente (mulher) de vaca? Ou publicar uma montagem que mostre o Fred como um aleijado? Ou dizer que argentino é fedido? Ou chamar um negro de ‘filho da puta’? Ou colombiano de criminoso? No futebol sempre pôde, então vou me soltar um pouquinho…”, pensam eles. Natural, não? Imagino que seja mesmo difícil se fingirem de civilizados todos os dias do ano: respeitar mulheres, não soltar cantadas intimidatórias, não xingar negros, gays, asiáticos e latino-americanos. É pedir demais, parece. Segundo sua lógica, o futebol, afinal, sempre foi cheio desse tipo de ofensa, porque não aproveitar um pouquinho, se soltar, relaxar e ser bem escroto?


Só que não, não é “tudo bem” agir assim, nem que seja “só de brincadeirinha, só porque é futebol”. Os comportamentos violentos nascem desse tipo de raciocínio e modo de ver o mundo. As injustiças sociais e raciais no Brasil se perpetuam por conta disso. Assim como o modo como estereotipamos, ridicularizamos e insultamos nossos vizinhos.

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TORCEDORES USAM XINGAMENTOS RACISTAS PARA CRITICAR ZÚÑIGA





No espaço da Extra.globo.com mostra como a vida do lateral colombiano virou de cabeça pra baixo com as atitudes racistas e violentas do torcedores brasileiros. Reportagem publicada no dia 05/07/2014, 19:26, apresentando partes dos vários xingamentos e também a defesa de algumas pessoas da sociedade brasileira. 

Extra.globo.com

A vida do lateral Camilo Zúñiga, jogador colombiano responsável pela falta que provocou a lesão em Neymar, não está sendo fácil. Logo após o jogo, suas contas em redes sociais receberam uma enxurrada de críticas e xingamentos de torcedores da seleção brasileira. Boa parte das mensagens destinadas ao jogador são de conteúdo racista. No Twitter, a palavra mais usada para se referir a Zúñiga foi ‘macaco’, em uma clara tentativa de ofender e diminuir o jogador.

“Aquele macaco daquele jogador colombiano merece sofrer pro resto da vida dele”, escreveu uma usuária. “Tudo um bando de macaco esses jogador da colômbia”, compartilhou outra.
Até para pedir uma punição ao jogador, foi usado conteúdo racista. “Espero que esse macaco da Colômbia sofra uma punição”. “Copa sem Neymar. Raiva desse macaco da Colômbia”, escreveram outros dois brasileiros.



APESAR DO RACISMO DE BOA PARTE DA

TORCIDA BRASILEIRA, RAPIDAMENTE O

COMPORTAMENTO PRECONCEITUOSO TAMBÉM 

COMEÇOU A RECEBER CRÍTICAS.


Usuários lembraram o caso do jogador Daniel Alves, atingido por bananas durante um jogo pelo Barcelona, que resultou na campanha #somostodosmacacos, uma ação brasileira para pedir o fim do racismo nos estádios.


No início da partida entre Brasil e Colômbia, um anúncio da campanha #SayNoToRacism (#DigaNãoAoracismo) foi lido pelos capitães das duas seleções, Thiago Silva e Mario Yepes.

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AMEAÇAS E COMENTÁRIOS CONTRA ZUÑIGA EXPÕEM PRECONCEITO DENTRO E FORA DO CAMPO

CBF repudiou qualquer forma de racismo dentro e fora do campo. Acesso em 10 de julho de 2014, 09:29h -
Disponível em http://www.amambainoticias.com.br/esportes/ministro-exige-providencias-apos-jogador-sofrer-racismo-no-peru

No espaço ESPORETE < COPA, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a WWW.ebc.com.br com o objetivo de regulamentar o direito constitucional de amplo acesso dos cidadãos às informações dos órgãos públicos, traz uma reportagem com argumentos e informações que nos levam a refletir como as redes sociais, podem promover e sustentar violências e práticas racistas, reportagem feita por Lílian Beraldo, publicada em 07/08/2014, às 09:11h.


Por Lilian Beraldo

Logo após a notícia de que o atacante Neymar ficaria fora da Copa do mundo devido à lesão sofrida durante o jogo do Brasil contra a Colômbia, na última sexta-feira (4), o jogador Camilo Zuñiga, que alegou que a agressão contra o brasileiro não foi proposital, passou a sofrer ameaças e a ser alvo de comentários preconceituosos nas redes sociais. Em alguns desses comentários, ele chega a ser ameaçado de morte.

No Twitter, ao digitar “Zuñiga” aparece automaticamente como termo associado a palavra preto. Os comentários, de evidente preconceito racial, classificam o jogador de “preto desgraçado” e o comparam a “macaco”, “bandido” e “assassino”.

E não apenas o jogador é agredido. Em uma postagem no Instagram, a Colômbia é chamada de “país da cocaína”. Em várias fotos da família de Zuñiga, multiplicam-se comentários ofensivos. Na foto em que a filha pequena do atleta aparece ao lado da frase “Papi, te amo”, escrita na areia, o jogador é chamado de “animal”. A criança é ameaçada e chamada de “puta”: “Menina vai ser estuprada”.

Integrante do Instituto Mídia Étnica, Paulo Rogério critica a postura dos internautas e destaca que a situação evidencia o racismo da sociedade brasileira. “A situação de racismo, principalmente no Brasil, onde temos uma falsa ideia de democracia racial, é quebrada no momento em que há uma tensão, como naquele jogo”, afirma Rogério, relembrando a partida que terminou com a lesão de Neymar.

Ele destaca, contudo, que esta não foi a única demonstração de racismo vivenciada no Mundial. “A Copa do Mundo tem mostrado que esse é um assunto de grande importância porque os casos de racismo são cotidianos, seja esse caso mais recente contra o jogador colombiano, no caso dos espanhóis, que chamaram brasileiros de macacos, e em vários casos de xenofobia”, diz o publicitário, que trabalha no acompanhamento da cobertura da mídia em relação à questão racial.

Se atos de preconceitos não são novos, um elemento ajuda as agressões a ganharem forma e a se proliferarem: as redes sociais. “Muitas vezes, o anonimato e a possibilidade de fala livre faz com que as pessoas se sintam mais à vontade para falar o que pensam. Tem um lado positivo, da ampliação da comunicação, mas também negativo, de uma série de violações de direitos humanos que a gente vê cotidianamente”, alerta.

O advogado da organização Geledés – Instituto da Mulher Negra, Rodnei Jericó, lembra que casos de racismo são cotidianos. “Hoje a mídia tem pautado, mas esse tipo de situação sempre existiu”, destaca. O advogado pondera, contudo, que a exposição dos casos pode contribuir para a conscientização e também para a responsabilização judicial.

Nas redes sociais não são encontrados apenas comentários racistas relacionados ao caso. Em muitas postagens, internautas criticam a postura preconceituosa dos demais, pedem cuidado e alertam que se trata apenas de um jogo de futebol. Outros cobram que os jogadores brasileiros se manifestem sobre as agressões, a fim de amenizar a situação. Diferentemente da campanha “#somostodosmacacos”, lançada pelo próprio Neymar, em abril, após Daniel Alves ter reagido a um comentário racista na Europa, ainda há poucas manifestações de personalidades na situação que envolve o colombiano.

Até agora, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Internacional de Futebol (Fifa), que antes do início da Copa do Mundo lançou a campanha #SayNoToRacism (#DigaNãoAoRacismo, em português), também não se manifestaram oficialmente sobre o caso.

O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Rios, alerta que os comentários racistas podem terminar na Justiça, já que racismo é crime tipificado no Artigo 20 da Lei 7.716/89, com pena de um a três anos de prisão. “Isso não tem a ver com liberdade de expressão. É absolutamente inaceitável qualquer discurso de ódio e violência”, afirma o procurador, que destaca que as pessoas que proferiram os comentários podem ser denunciadas judicialmente.

Rios avalia que o fenômeno da internet abriu a porta para um grupo que “estava adormecido e se sente à vontade, até porque o anonimato da rede facilita que haja essas intervenções”. O fato de o possível crime ser cometido na rede pode agravá-lo. Isso porque, de acordo com a legislação em vigor, a pena prevista é de dois a cinco anos de prisão e multa, quando o crime ocorre por meio de veículos de comunicação.

Aqueles que ameaçaram o jogador também podem ser incriminados, já que o crime de ameaça é abstrato, isto é, a ameaça não precisa ser confirmada em ato para que seja considerada crime, segundo explica o procurador.

Até agora, a procuradoria não registrou ações impetradas sobre esse caso, mas é possível que o Ministério Público atue na identificação da origem das agressões e, a partir da investigação dos fatos, dê início a um processo criminal. Foi o que ocorreu em 2010, quando uma estudante de direito, ao comentar o resultado das eleições presidenciais, escreveu no Twitter que "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!". Menos de dois anos depois, ela foi condenada a um ano, cinco meses e 15 dias de prisão pelo crime de racismo.

“A pessoa tem o direito de, dentro de determinados limites, defender as suas ideias, desde que não ofenda a dignidade de outras pessoas, sobretudo de grupos vulneráveis”, alerta o procurador, que lamenta que, em uma Copa do Mundo que teve a luta contra o racismo como tema, expressões desse teor ainda sejam verificadas.

O governo federal traçou a meta de fazer uma Copa sem racismo e estimulou a exibição de faixas, nas partidas, bem como o desenvolvimento de políticas locais de combate ao preconceito.

No Distrito Federal (DF) e na Bahia, por exemplo, as secretarias de Promoção da Igualdade Racial fizeram campanhas específicas sobre o tema. No DF, cinco postos da campanha “Copa sem racismo” foram montados nas rodoviárias, no aeroporto e em lugares turísticos. “Para poder conscientizar as pessoas que estão vindo sobre a legislação do Brasil e também divulgar o nosso programa, o Disque Racismo”, disse à Agência Brasil o secretário especial da Promoção da Igualdade Racial do DF, Viridiano Custódio.

Na Bahia, a coordenadora-executiva de Promoção da Igualdade, Trícia Calmon, disse que o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa também ficou disponível para o recebimento de denúncias. Além disso, a secretaria fez uma cartilha para informar sobre a legislação brasileira, material que tem sido distribuído em pontos de grande movimentação.

Até agora, contudo, esses equipamentos, tanto no DF quanto na Bahia, não receberam uma denúncia sequer. O descompasso entre o que se vê nas redes e o que se vê nos órgãos é explicado por Custódio como fruto da falta de informação.

Para Trícia, o reduzido número de denúncias do crime de racismo se deve ao “fato de [o racismo] ser muito banalizado e [de haver] a descrença no Judiciário, por conta de morosidade ou porque o sistema tem demorado ou não dado respostas satisfatórias nesses casos”.


DIRETO DA FONTE 


GOVERNO DISCUTE AÇÕES PARA ENFRENTAR RACISMO NA COPA DO MUNDO 

MARÇO DE 2014 - LUIZA BAIRROS 
Ministra-chefe de Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial




POSTADO POR: Maria Margareth Cancian  Roldi
                             Alex Santiago Duarte leite da Silva


       REFERÊNCIAS:

COLOMBO. Sylvia. Zuñiga, negro e latino-amerincano, Espaço Latinidades. Folha de São Paulo - um jornal a serviço do Brasil. Publicado em 07 de julho de 2014, às 09:35h. Acesso em 08 de julho de 2014, às 10:25h. Disponível em: http://sylviacolombo.blogfolha.uol.com.br/2014/07/07/zuniga-negro-e-latino-americano/.

EXTRA.Globo.com.Torcedores usam xingamentos racistas para criticar Zuñiga, Página  Esporte. Revista Digital Extra.globo.com. Publicado em 05 de julho de 2014, às 09:17h. Acesso em 10 de julho de 2014, às 07:56h. Disponível em: http://extra.globo.com/esporte/copa-2014/torcedores-usam-xingamentos-racistas-para-criticar-zuniga-13145832.html 

BERALDO. Lílian. Ameaças e comentários contra Zuñiga expõem preconceito dentro e fora do campo. Página Esportes / Copa. Portal EBC. Públicado em 08 de julho de 2014, às 12:43h. Acesso em 10 de julho de 2014, às 08:45h. Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/07/ameacas-e-comentarios-contra-zuniga-expoem-preconceito-dentro-e-fora-do.

BAIRROS. Luiza – Ministra –chefe da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade racial. DIRETO DA FONTE: Governo discute ações para enfrentar racismo na Copa do Mundo. Vídeo do Conselho Nacional de Justiça. Publicado em 13 de março de 2014. Acesso em 10 de junho de 2014, às 09:55h. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vBk5LwGuBJc